quinta-feira, abril 12, 2007

OSSA PEDE NOSSA AJUDA















Nos que somos do Santo, somos o POVO DA FLORESTA, devemos, é nossa obrigação, preservar nossa Matas.
OSSAE PEDE A NOSSA AJUDA
OSSAE
É de fundamental sua importancia, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, impresceindiveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamentos de todos os Orixas através do Omieró ou Abô ( banho de ervas ).
Tambem a ele pertence os ossos, nervos e musculos. As pessoas com defeito fisico nas pernas. E que não possuem uma das pernas, quase sempre estão ligadas de alguma forma a esse Orixa, assim como em transe dança sem uma das pernas, seja simbolicamente como se não possua uma das pernas quando manifestado.
Como as folhas estao relacionadas com a cura, Detentor do axé (força, poder, vitalidade). Ossae tambem esta vinculado à medicina. Sua importância é tão fundamental, que nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença. O seu simbolo é uma especie de coroa ( Aste ) de ferro com sete pontas apontadas para o ceu tendo na ponta central um passaro.
Divindade das folhas medicinais e liturgias.Dono do segredo e das folhas, é considerado o médico do candomblé.
Cores: Verde e branco
Dia:
Saudação: EWÉ ÒSSÁ ( EU EU ASSA )
Lendas:
Ossain era o filho caçula de iemanjá e oxalá e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sendo sempre recebido com carinho pelo rei de cada tribo. Ele recebeu de olodumaré o segredo das folhas; assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas.Os outros orixás invejavam o irmão, pois não tinham esse poder e dependiam de ossain para ter sucesso. Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento pelas curas que realizava.Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de ossain, e por isso pediu a sua esposa yansã, orixá que domina os ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas. Em meio a ventania, ossain repetia sem parar: "eu, eu assa!", que significa "oh, folhas!". E com esse tipo de reza, embora cada orixá tenha se apossado de uma folha, ossain evitou que seu poder fosse distribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essas palavras de maneira a conservar o poder sobre elas. Com sua sabedoria, ate hoje ossain permanece o rei da floresta, sendo considerado o orixá da medicina.
O PERFIL DO ORIXÁOÇANHE* é o Orixá masculino de origem nagô (ioruba) que como Oxóssi, habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes, Oçãe, Oçãim, Oçanha, Oçânim e Oçonhe, a forma mais popular. Por causa do som final da palavra, é freqüentemente confundido com uma figura feminina. Não é um dos Orixás que possuem mais filhos-de-santo: pelo contrário, seus filhos são do tipo raro, bem menos numerosos em qualquer sociedade.
* Embora mais usuais, evitar as variações com dois SS.
É o Orixá da cor verde, do contato mais íntimo e misterioso com a natureza. Seu domínio estende-se ao reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre o sumo. Por tradição, não são consideradas adequadas pelo Candomblé mais conservador, as folhas cultivadas em jardins ou estufas, mas as das plantas selvagens, que crescem livremente sem a intervenção do homem. Não é um Orixá da civilização no sentido do desenvolvimento da agricultura, sendo como Oxóssi, uma figura que encontra suas origens na pré-história.
As áreas consagradas a Oçanhe nos grandes Candomblés, não são jardins cultivados de maneira tradicional, mas sim os pequenos recantos, onde só os sacerdotes (mão de ofá) podem entrar, nos quais as plantas crescem da maneira mais selvagem possível. Graças a esse domínio, Oçanhe é figura de extrema significação, pois praticamente todos os rituais importantes utilizam, de uma maneira ou de outra, o sangue escuro que vem dos vegetais, seja em forma de folhas ou infusões para uso externo ou de bebida ritualística.
Segundo algumas lendas, Oçanhe era dono de todos os vegetais. Esse poder concentrador, porém, fazia os outros Orixás dependerem dele em quase todos os litígios. Como os orgulhosos deuses do panteão africano raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião era latente, até Iansã, a senhora dos ventos, libertar uma forte corrente de ar (ou mesmo um furacão, conforme a versão), fazendo as folhas voarem. Com isso, elas foram divididas entre todos os Orixás, de acordo com a esfera da atividade humana que controlassem. Algumas plantas, entretanto, continuaram sob o domínio de Oçanhe, justamente as mais secretas, utilizadas tanto nos processos de cura, como nos de adivinhação.
Seja filho de Oxalá ou de Nanã, ou de qualquer outro Orixá, uma pessoa sempre tem de invocar a participação de Oçanhe ao utilizar uma planta para fins ritualísticos, pois, se os vegetais foram para o domínio de outras divindades, a capacidade de retirar delas sua força energética básica, continua sendo segredo de Oçanhe .Por isso não basta possuir a planta exigida como ingrediente de um prato a ser oferecido ao Orixá, ou de qualquer outra forma de trabalho mágico no Candomblé. A Colheita das folhas já é completamente ritualizada, não se admitindo uma folha colhida de maneira aleatória. Antes de tocá-la, o sacerdote (mão de ofá) tem de colocar no chão, dinheiro ou outros objetos secretos de culto como oferenda para a divindade, que assim assegura que a vibração básica da folha permaneça, mesmo depois de ela ter sido afastada da planta e, portanto do solo que a vitalizava.
Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios Orixás (ELEDÁ = PAI, MÃE, 1o e 2o Juntós) também troca energia com as outras fontes que regularizam e ditam normas de seu relacionamento com as outras áreas do conhecimento.
Oçanhe tem uma aura de mistério em torno de si e a sua especialidade, apesar de muito importante, não faz parte das atividades cotidianas, constituindo-se mais numa técnica, um ramo do conhecimento que é empregado quando necessário o uso ritualístico das plantas para qualquer cerimônia litúrgica, como forma condutora da busca do equilíbrio energético, de contato do homem com a divindade. Essa é a justificativa para o pequeno número de filhos de Oçanhe.
OSSAIN, o senhor das folhas

Ossain recebera de Olodumaré o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, as glórias, as honras, ou, ainda, . a miséria, as doenças e os acidentes. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain para manter a saúde ou para o sucesso de suas iniciativas. Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e imperioso, irritado com esta desvantagem, usou de ardil para tentar usurpar, de Ossain, a propriedade das folhas. Falou do plano à sua esposa Iansã, a senhora dos ventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Ossain pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. “Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias”, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto. O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando as árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça dos galhos onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram. Os orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Ossain permaneceu senhor do segredo de suas virtudes e das palavras que devam ser pronunciadas para provocar sua ação. E, assim, continuou a reinar sobre as plantas, como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas. Bibliografia: Livro: Lendas Africanas dos OrixásAutor: Pierre Fatumbi Verger Ilustração: Carybé Tradução: Maria Aparecida da Nóbrega Editora: Corrupio
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CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA
Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.
Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.
Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.
Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.
Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!
É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.
SOMOS UM POVO DA FLORESTA!
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