sábado, março 31, 2007

DOMINGO DE RAMOS

Acordei hoje cedo, não sei por que, fui ate a janela, somente para ver como o mar estava, lindo como sempre, mas me surpreendeu uma coisa pessoas passando com folhas de coqueiro nas mãos. Foi ai que lembrei DOMINGO DE RAMOS, olhando aquilo fiquei pensando!
Independente de o povo de santo concordar ou não, se devemos ou não Cultuar a Quaresma. Para mim (eu que vim de uma religião Evangélica, passei por Angola seis anos e fui feito em Keto (que não cultua Quaresma)). Respeito (independente de Dogmas). Quem veio de Umbanda e tem seu Caboclo seu Preto velho, pode esquecer deles por que é feito no Keto, acredito que não, porém podemos cultuá-los, não necessariamente fazer Toques, fazer gira para desenvolver seus filhos que são de Keto. Porém podemos colocar seus agrados suas bebidas seus fumos. Afinal são nossos amigos de longa data. Gosto muito quando amigos me convidam para ir a suas casas assistir seu toque de Caboclos, beber Jurema e por ai vai. E melhor ainda assistir as pessoas com devoção humildade, carinhos pela entidade em terra (Caboclos, pretos velhos) é um cuidado um carinho muito especial, poucas vezes visto em não (me desculpe, mas é verdade – não digo todas), Mas cada um é cada um. Cada um faz de sua casa como achar melhor fica nas casas quem concorda, quem não concorda saia, mas não precise falar mal, simplesmente não concordo. Quando eu não concordo com uma coisa, eu não participo. Mesmo assim um bom Domingo de Ramos para Todos. Axe.
Só para efeito de curiosidade.
O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os seus amigos (discípulos). Teria entrado, segundo referem os evangelhos, sentado num burro e foi aclamado pela população que o via como um homem enviado por Deus, pois Ele operava milagres. É chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias...” E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestre da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos. Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte.

Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes, porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.
O Domingo de Ramos pode ser chamado também de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: ‘ “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai’ (Fl 2, 11).

LIXEIRA NÃO É LATA DE LIXO






Como estamos no final de guaresma, e sempre reabro mina casa comum toque para exu e a minha é Tata Mulambo da Lixeira.
Muitas pessoas se assuntam quando se ouve falar TATA MULAMBO LIXEIRA, por isso decidi vir aqui para esclarecer uma coisa.

Mulambo da lixeira não quer dizer Lata de lixo

, mas sim uma arvore que do no cerrado, nos sertões.

O Cajueiro-bravo[1] Curatella americana; Dilleniaceae) é uma árvore ou arbusto tortuoso que mede de 1 a 12 metros de altura. Sua folha é tão dura e áspera que parece lixa - pelo que é também conhecida como lixeira. Seu troco é resistente.

Quando no cerrado pega fogo, seu troco queima todo, quem olha acha que a arvore esta morta, porém, ela se descasca toda e por baixo desta casca nasce um novo troco, nova viçosa e cheia de vida, renasce para uma nova vida, nova batalha, me atreveria a dizer: Uma FENIX na religião Afro Brasileira.(Renascer das Cinzas)O fruto serve de alimento para aves. É uma apícola importante. Sua madeira é pesada e compacta, ideal para marcenaria, lenha e carvão. A folha pode ser usada como lixa. Tem propriedades medicinais contra artrite, diabete, pressão alta, e a flor, contra tosse, bronquite

ENTRA PARA A VIDA DE SANTO.

ENTRAR PARA A VIDA DE SANTO



Tenho Casa aberta já vai para 8 anos, e hoje uma pessoa me perguntou se eu tinha medo de ser Zelador de santo, porque hoje em dia ser babalorixá (Zelador) é muito fácil.

Então comecei a pensar no inicio de tudo, lá o começo, quando eu era Evangélico, durante vinte e cinco anos (como tempo passa), fui criado dentro de Igreja Evangélica (isto é assunto para outro dia).

ENTÃO IMAGINA O TAMANHO DO MEU MEDO.
Eu conversava sempre com meu Orixá (OXUM), pedia para não deixar acontecer isso (abrir casa). Eu brincava com as pessoas, dizendo, (eu abro e fecho minha todo dia quando saio para trabalhar).


Mas chegou ao ponto que não dava, mas, demorei a aceitar que deveria abrir minha casa de santo, neste meio tempo já estavam aparecendo filhos para mim, então pedi a Oxum, que me dessa compreensão e aceitação quando chegasse à hora (isso não é papo de zelador não eu tinha medo mesmo). Mas entreguei na mão dela.
Hoje com 8 anos d casa aberta, se você me perguntar se valeu acena, eu te digo, gostaria de não ter aberto. Pessoas que só quer aparecer dizer são raspadas (já reparou, que é difícil você encontrar alguém com menos de quatro anos de feito, sempre tem, mas de 5 anos, ninguém hoje em dia quer ser Yao, esquece que sendo Yao é que vc consegue o axe ( Energia mágica, universal sagrada do orixá. Energia muito forte, mas que por si só é neutra. Manipulada e dirigida pelo homem através dos orixás e seus elementos símbolos. O elemento mais precioso do Ilê é a força que assegura a existência dinâmica. É transmitido, deve ser mantido e desenvolvido, como toda força pode aumentar ou diminuir, essa variação está relacionada com a atividade e conduta ritual. A conduta está determinada pela escrupulosa observação dos deveres e obrigações, de cada detentor de axé, para consigo, ser orixá e para com seu ilê. O desenvolvimento do axé individual e do grupo impulsiona o axé de ilê. O axé dos iniciados está ligado, e diretamente proporcional a sua conduta ritual - relacionamento com seu orixá; sua)). ((Comunidade)). Suas obrigações e seu babalorixá. A força do axé é contida e transmitida através de certos elementos e substâncias materiais, é transmitido aos seres e objetos, que mantém e renovam os poderes de realização. O axé está contido numa grande variedade de elementos representativos dos reinos: animal, vegetal e mineral, quer sejam da água - doce ou salgada - da terra, floresta - mato ou espaço urbano. Está contido nas substâncias naturais e essenciais de cada um dos seres animados ou não, simples ou complexos, que compõem o universo. () Em minha casa, eu faço assim, algumas pessoas pode achar errado, mas são as minhas verdades: digo que candomblé é igual a casamento.
1º vc tem de paquera, namora, noiva e depois casar ,
E na vida real às vezes o casamento não dá certo.Vida de santo é assim também. Por isso quando pedem para entrar para minha casa, eu digo, que vão ficar de experiência pelo menos seis meses, para ver como é (para não dizer e cigana me enganou). Por mas absurdo que seja, já vi pessoas escolhendo casa de santo, por que foi toque e pomba-gira do pai de sto é bonita, por que gosta da mãe Pequena (casa de candomblé vc escolhe, mãe pequena é sorte amigo). Voltando ao que interessa. Do um ebo primeiro, depois de seis meses o 1º obori, do oboroi ate a feitura , leva pelo menos mas dois anos, por ai vc ve um pouco se compensa ( mesmo teu santo colocou essa pessoa atrevida em teu caminho, é por que vc pode ajudar em alguma coisa)
Não necessariamente tenha de ser teu filho de santo, vc pode ajudar e dar caminho a esta pessoa
Raspar é facil, coneço gente que já fez isso até com Prestobarba, quero ver é se
guar a onda.



A Iniciação - SOMOS UM ALTAR VIVO



JORGE D'OXUM - BABA OMIM
Fundada 05/ 09/ 1999
Raiz de Keto
Filho de Elaine D'Oxala
Neto de Ceci D'Obaluaye
Bisneto de Gigi do BaleAxe Opon Afonja
jfreitas700@hotmail.com

A Iniciação

SOMOS UM ALTAR VIVO.
Iniciar-se ( como se diz popular mente “Fazer o Santo “) é a possibilidade de através do ritual próprios que o lado divino vence o lado profano, e o lado divino vem atona capaz de conduzir a individualidade e a realização de cada pessoa, estabelecendo assim a mais perfeita comunhão possível entre o eu divino e eu profano, com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim com a própria Vida.Fazer o Santo é nascer novamente, renascer como individuo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal.Por isso que existe muito preconceitos com homens no Candomblé, quando dizem que a pessoa entra para o santo vira isso vir aquilo, na verdade o individuo tem assume suas característica, se torna forte e confiante, derruba seus tabus e seus medos , não tento medo de assumir o que realmente é. Isso vai a índole de cada um.Desde o inicio do mundo o homem anseia pelo encontro com o infinito. Essa busca incansável freqüentemente provoca verdadeira batalha que são travada no interiorA iniciação no Candomblé é um processo extremamente complexo e lento, além de ser um assunto que tem muitas restrições para ser discutido publicamente. Assim como há muitas variações associadas à própria palavra que identifica a Religião dos Òrìñà no Brasil - Candomblé, há também diversos tipos de iniciação. Estes tipos classificam-se, basicamente, em iniciação de adïñù e de não adïñù. Apenas para exemplificar, há dois conhecidos exemplos de iniciados que podem ser classificados como "não adïñù": os Îgán (homens) e as Ëkëdi (mulheres), também chamadas Ajòyè, o(a) seguidor(a) é escolhido por um Orixa manifestado durante uma cerimônia de Candomblé e, após um dado período, é confirmado(a). Os iniciados "não adïñù", ao contrário dos adïñù, não podem iniciar outras pessoas e têm suas obrigações/tarefas muito bem delimitadas dentro do lado brasileiro da religião, que tem como filosofia o princípio de que não é possível dar a ninguém aquilo que não recebemos, ou seja, aquilo que não temos para dar. Diversos são os caminhos (motivos) que levam uma pessoa a ser iniciada. É praticamente impossível relacionar todos caminhos, já que eles podem ser diretamente proporcionais ao número de pessoas iniciadas até hoje, "Ou você chega aos Orixa pelo amor, ou pela dor". Em outras palavras, há pessoas que têm que ser iniciadas, outras o são simplesmente porque assim quiseram e os Orixa concordaram, ou seja, estas últimas poderiam esperar o tempo que os Orixa julgassem necessário para serem iniciadas - o que poderia significar uma vida inteira, mas preferiram fazê-lo simplesmente porque amavam a religião. E se há um componente que é desejável para um seguidor ser iniciado, este ingrediente é o amor, o qual teórica e automaticamente conduz à dedicação. Abíyán poderá ficar uma vida inteira nesta condição se assim os Orixa desejarem. Por outro lado, se os Orixa decidirem pela iniciação, durante um Candomblé (neste contexto, a cerimônia pública) este abíyán poderá "bolar no santo" como sendo a primeira manifestação física do Orixa, a qual tomamos a liberdade de acrescentar à nossa definição inicial de "manifestação física que diz que deve ser iniciado o mais breve possível". Após a definitiva decisão sobre a iniciação, a Ìyálórìxà determinará através do jogo quando o processo terá início. Definida a data, que muito tem a ver com o Orixa do futuro iniciado, com as determinações do Orixa dono da casa e outras tantas implicações, o abíyàn apresenta-se, pela última vez nesta condição em toda sua existência, diante da Ìyálórìxà. A partir deste momento, ele deu início a um processo que durará SETE anos na esmagadora maioria das nações.