sexta-feira, abril 27, 2007

TAMBORES


Tambores nagôsEtimologia OlodumaréOló = senhorOdu = destinoMaré = supremo = deus, senhor do destino supremo. Correspondente á personalidade de Deus com o nome de Shadai ou Alhim Tsebaoth (kaballah).Ododúwa - odú (tio) = recipiente, auto gerador.Da = criadorIwa = existência - Odudúwa, o ser criador da existência terna (vida) correspondente á figura de Orinxala.Olokum - olo (Oluwa)= senhor, senhora, dono, proprietário(a)Okun = oceano, alto mar. Olokun, senhora dona dos oceanos.Dessa forma ODUDUWA (Nimrod) une-se a Olokun (Ocenao) assumindo a forma de Oba-Olokun (Rei dos Oceanos), tendo 3 filhos: Ogum, equivalente a Vulcano, senhor do ferro, fígado, agricultura- ISHEDALE, equivalente a Afrodite, senhora das águas e mãe de todas as ninfas e heroínas deificadas - Okanbi, senhor do fogo, das conquistas e da justiça. Com Okanbi, começa a epopéia dos heróis Yorubanos, pois entre seus sete filhos aparece Oranian, cujo papel de implantação definitiva da cultura yorubana é inarguivel. Independentemente de ter tentado continuar a missão de seu avo ODUDUWA em sua Guerra Santa contra os de cedentes de Ismael, transformou-se na maior figura dessa cultura, a tal ponto que é o mais famoso dos 7 filhos de OKAMBI.Para tal, repetindo a façanha de Jacó com seu irmão Esaú, torna-se detentor de todas as terras da África Ocidental, instituindo o 1° Feudo de que se tem noticia, instalando-se definitivamente em ILÉ IFÉ.Oranian afastou-se temporariamente de Ifé para juntar a antiga cidade de OYÓ, cujo trono passa a chamar-se "ILE-ALAFIN".Em memoria do seu pai, Okanbi, confere a este a honra "post-mortem" de ser o primeiro Alafin de Oyó, uma vez que pelo fato de ter nascido após a coroação de Okanbi foi considerado o "Aremo OYE" (1° nascimento após o trono em linha de sucessão). Oranian reservou a si a posição de 2° Alafin de Oyo e senhor do palácio Real de Ilê Ifé (owoni ti Ilê Ifé). Oranian foi pai de Ajuan ou Ajaká e Olufiran ou sangô.Com o nascimento de Ajaká e Sangô, começa propriamente a dinastia dos Oyós.CronologiaOKANBI - 1° Alafin de oyó - 1700 a 1600 A.C.ORANIAN - 2° Alafin de Oyó -1600 a 1500 A C.AJAKÁ - 3° Alafin de Oyó - 1500 a 1450 A C.SANGÔ - 4° Alafin de Oyó - 1450 a 1403 A C.JAKÁ - 5° Alafin de Oyó - 1403 a 1370 A C.
Os tambores chegaram ao Brasil, com uma família real africana
Religião natural, significando o culto dos seres da natureza, ou seja ainda, o culto á terra, ar, fogo e água compreendidos todas as suas proporções, e que o “ocultismo” divide em 7 reinos, compreendendo três reinos elementais.
Os Bantús rendem culto aos antepassados, cuja origem remontam a um grande ser estranho que existiu “só”, num tempo EM QUE AINDA NÃO EXISTIA O TEMPO (manifestação visível do universo criado) correspondendo ao mito bíblico: “no principio era o caos...”. No conceito Monoteísta Yoruba, existiu um ser dotado de dois sexos, ao qual poderia gerar tudo que podemos ver ou sentir, seu criador teria o nome de (Olorum – é a causa sem causa e Obatalá – é a manifestação, deus que pode se adorar), como toda cultura por mais que se distancie em seus dogmas mesmo assim sequem a mesma linha como se surgissem de um só fio para se abrir em vários ramos com varias cores, a cultura Yoruba seque a mesma concepção do que temos conhecimento.
A evolução sobe uma escala sem pressa, vamos verificar. No período paleolítico de duração desconhecida, o homem habita cavernas e utensílios a pedra lascada e os ossos de animais. No neolítico, sabe polir a pedra, confeccionam utensílios novos para novos usos, abandona as cavernas, constrói tendas e cabanas e mesmo aldeias lacustres e já domestica o boi, o carneiro, a cabra e o cão. Surge a cerâmica, barcos, vestuários de pele, linho, lã e algodão. Um passo mais... utiliza o cobre e estanho e por fim o ferro. Sua concepção religiosa se aperfeiçoa, deixaram na face da terra os resquícios de uma cultura que escavamos e descobrimos nossas raízes. Descobriu-se que o Egito manuseou metais por meados de 6.000 A.C., na China e Grécia trinta séculos; na Gália e Suíça, vinte e cinco; na Scandinávia, vinte; e, na Finlândia, três. A tradição dos chineses alcança uma duração de 80 a 100.000 anos, embora os dados positivos contem somente 17.000.
Os egípcios abraçam uma duração de 30.000 anos. A dos hindus, variável com a região, orça entre 13.000 a 19.000 anos.
A mais antiga das religiões traz ancestrais que remota a era da historia falada, onde não tinha material para registra nem escrita para perpetuar tradições, os mais velhos passaram de boca em boca para os mais novos ate que descobriram formas para registrar os deuses, sacrifícios e rituais.No mundo todas as religiões originam de um mesmo principio divino, somos um só povo com varias personalidades espirituais, o ser divino que criou o macrocosmo é o mesmo que governa o microcosmo, para os seres inteligentes, varias formas expressas provam suas existência e contradizem sua divindade.Na cabala antiga temos exemplos da presença de Deus. Uma busca que talvez seja em vão, onde a tecnologia contesta e sufoca a tradição. Somos filhos de uma geração de dotados espirituais esquecidos, nossas células ainda guardam lembranças ancestrais, mesmo sendo difícil alcançar novamente o homem luta pela sua herança perdida.Dizem os mais antigos que o mundo teve origem de uma palavra que continha as letras que movimentaram pela primeira vez as moléculas do universo, tal palavra foi passada de boca a ouvido pelos sacerdotes e pelos membros das antigas escolas de mistério, porem se é verdade, poucos podem afirmar, porque a palavra é tão bem guardada que se duvida da sua veracidade, conversando com antigos mestres de escolas tradicionais e templos, ao tocar no assunto apenas mudam de conversa e ficam sérios, com sua atitude e comportamento da para se ver que tem algo misterioso e bem guardado, homens sérios saudáveis mentalmente respeitáveis, não saberiam mentir, o conhecimento traz responsabilidades que temos que respeitar, mas como saber a verdade, talvez nós, os menos privilegiados não tenhamos a oportunidade de tocar um milésimo da verdade.Antigos templos guardam escritos que contradizem a verdade da humanidade, como isso pode ser, uma pequena coincidência esta em escrituras que traz a origem do homem no pó, acredito que tal pó venha das estrelas, os cientistas estão estudando a possibilidade da vida ter surgido na terra de poeiras estrelares, esta verdade hoje em dia esta perto de ser desvendada, e talvez possamos afirmar que nossos genes vêm de planetas distantes, mas não se empolguem achando que somos e.t.Quem poderá afirmar a verdade, eu não sei, mas tenho que me preocupar como a verdade é moldada, o que será um bem feito para mim, talvez possa prejudicar outras pessoas por isso temos que ter cuidado com nossos desejos e atos para não prejudicar nossos semelhantes.Um povo inteiro desaparece no antigo mundo sem sabermos o que aconteceu realmente, apenas historia contada por poucos sábios que publicaram em pedra e papiros os costumes e ritos da época, mesmo assim corremos o risco de perder tudo que temos e sofrer o mesmo destino a qualquer momento, pois o poder que se encontra nas mãos de alguns homens pode matar milhões de pessoas em questão de segundo sem que destrua suas casas, imagina o poder de morte e vida.O momento de nascer é um poder que o homem ainda não dominou ele pode matar se apossar, mas ainda não temos poder de gerar a vida e criar o espírito, mas por quanto tempo?Não sabemos onde iremos parar, só sabemos é que estamos pagando o preço de nossos atos. E não temos o pleno domino dos nossos destinos, podemos comprar uma terra, roupa ou jóias, mas não seremos os verdadeiros donos, somente temos emprestado aquilo que podemos pagar, um dia quando morrermos não levaremos nada para o tumulo, somente nossa sabedoria e fé, mais nada.


Pesquisa realizada nos livros:O batuque na umbanda Editora AuroraDicionário Yorubá Nagô PortuguêsBabá Gui de Xapanã

MARIA MULAMBO DA ESTRADA



Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado. Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos. Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada. Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar. No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra. Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.



Biblioteca Pessoal ( Texto ) : Jorge D'Oxum kare Pesquisa: Centro Cultura Afro Brasileira- Bahia. Dicionario Yoruba ( Nago) Portugues. - Eduardo Fonseca Junior.

Tohosu, Tohossu ou Tohossou


Tohosu, Tohossu ou Tohossou - é uma classe de Voduns, cujo nome significa "Rei das Águas". Eles residem em riachos de Abomei, Agbado, Azili, Gudu e Dido. Seu culto provém da crença de que crianças que nascem com deformações físicas são espíritos das águas encarnados, e o costume mandava que essas crianças fossem devolvidas às águas. Embora esse costume tenha caído em desuso, ainda hoje alguns desses espíritos são cultuados como voduns, possuindo templos sobretudo nas regiões Fon (Abomei, Zagnanado e arredores), Mahi (Savalu, Dassa-Zumé e arredores) e Aïzo (Aladá e arredores). Os Tohossus mais célebres são os pertencentes à família real de Abomei, chefiados por Zomadonu. Mais recentemente, o culto aos Tohossu tem sido associado ao nascimento de crianças com que nascem física ou mentalmente excepcionais[1], como aquelas com Síndrome de Down ou paralisia cerebral.


Origem: Wikipédia Os nagos e a morte - Juana Elbein Olodumare God in Yoruba - Bolaji Biliet