quarta-feira, junho 06, 2007

CORPUS CHRISTI


Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como "santos" (1Co 10.19,20).Irmãos queridos somos chamados a uma vida santa (separada) e compromissados com as verdades de Deus que estão expressas de forma clara na Bíblia; o Espírito Santo move e faz-nos ver que é incompatível com a fé verdadeira participar destas consagrações tradicionais em algumas cidades. E, na condição de separados que somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt 26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus). Como iniciou-se esta comemoração:A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristiaA Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’,(que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.
Alguns ilês praticam neste período o chamado de Lorogum, palavra iorubá que significa fofoca. "Se fôssemos traduzir o que a palavra quer dizer ao pé da letra, seria o tempo em que as casas devem fechar em sinal de respeito, até para não ter muita falação, muita história".O tempo de parada não é igual para todas as casas, isso vai depender de cada terreiro, de cada calendário litúrgico e de cada nação cultuada, mas varia entre 12 e 15 dias. Alguns deverão reiniciar as atividades em maio, quando será celebrado o Corpus Christi, inclusive por conta de um processo histórico, já que no passado essa era uma data de grande festa no catolicismo e os negros aproveitavam para festejar com mais liberdade suas divindades. Lorogum é realmente a expressão do respeito pelo catolicismo, pois quem é adepto do candomblé também é, de certa forma, praticante da religião católica, embora o candomblé não cultue imagens, muito menos as católicas, mas os símbolos da natureza, como as pedras."Apesar de todo o preconceito que ainda possuem contra nossa religião, atualmente já podemos ter essa proximidade, pois já aceitam, por exemplo, que a gente lave as escadarias da Catedral de Aracaju no dia de Oxum, comemorado em 8 de dezembro". Apesar de resistente ao tempo, tanto o Lorogum quanto a Quaresma estão perdendo as características. Há alguns anos, tudo o que havia dentro do quarto de santo (no candomblé) era coberto com lençol ou pano de cor branca, enquanto nas igrejas católicas todas as imagens de santos eram encobertas com panos de cor roxa. "Hoje já não se vê mais isto, mas continuamos com o mesmo respeito".
Os dados históricos foram colhidos em sites Católicos, facilmente encontráveis na rede.

POR QUE EXU É O PRIMEIRO




Por que Exu é o primeiro?
Reginaldo Prandi
[autor de Mitologia dos orixás]

Para que os seres humanos possam viver bem neste mundo, é preciso estar bem com os deuses. Por isso os homens propiciam os orixás, oferecendo-lhes um pouco de tudo o que produzem e que é essencial à vida. As oferendas dos homens aos orixás devem ser transportadas até o mundo dos deuses, o Orum. O orixá Exu tem esse encargo de transportador. Também é preciso saber se os orixás estão satisfeitos com a atenção a eles dispensada pelos seus descendentes, os seres humanos. Exu propicia essa comunicação, traz suas mensagens, é o mensageiro. É fundamental para a sobrevivência dos mortais receber as determinações e os conselhos que os orixás enviam do Aiê. Exu é o portador das orientações e ordens, é o porta-voz dos deuses e entre os deuses. Exu faz a ponte entre este mundo e o mundo dos orixás, especialmente nas consultas oraculares. Como os orixás interferem em tudo o que ocorre neste mundo, incluindo o cotidiano dos viventes e os fenômenos da própria natureza, nada acontece sem o trabalho de intermediário do mensageiro e transportador Exu. Nada se faz sem ele, nenhuma mudança, nem mesmo uma repetição. Sua presença está consignada até mesmo no primeiro ato da Criação: sem Exu, nada é possível. O poder de Exu, portanto, é incomensurável.
O sacrifício é o meio através do qual os humanos se dirigem aos orixás, e o sacrifício significa a reafirmação dos laços de lealdade, solidariedade e retribuição entre os habitantes do Aiê e os habitantes do Orum. Sempre que um orixá é interpelado, Exu também o é, pois a interpelação de todos se faz através dele. É preciso que ele receba a oferenda, sem a qual a comunicação não se realiza. A relação homem-orixá tem como fundamento a materialidade do sacrifício, a concretude da oferenda. Isso é uma definição religiosa, um ponto de partida essencial na concepção africana do sagrado. A própria possibilidade do homem professar a sua religião de orixás — seja na África, no Brasil, ou noutro lugar — depende, pois, do trabalho de Exu.
Como mensageiro dos deuses, Exu tudo sabe; não há segredos para ele, tudo ele ouve e tudo ele transmite. E pode quase tudo, pois conhece todas as receitas, todas as fórmulas, todas as magias. Exu trabalha para todos, não faz distinção entre aqueles a quem deve prestar serviço por imposição de seu cargo, o que inclui todas as divindades, mais os antepassados e os humanos. Exu não pode ter preferência por esse ou aquele. Mas talvez o que o distingue de todos os outros deuses é seu caráter de transformador: Exu é aquele que tem o poder de quebrar a tradição, pôr as regras em questão, romper a norma e promover a mudança. Não é, pois, de se estranhar que seja temido e considerado perigoso, posto que se trata daquele que é o próprio princípio do movimento, que tudo transforma, que não respeita limites. Assim, tudo o que contraria as normas sociais que regulam o cotidiano passa a ser atributo seu. Exu carrega qualificações morais e intelectuais próprias do responsável pela manutenção e funcionamento do status quo, inclusive representando o princípio da continuidade garantida pela sexualidade e reprodução humana, mas ao mesmo tempo ele é o inovador que fere as tradições, um ente portanto nada confiável, que se imagina, por conseguinte, ser dotado de caráter instável, duvidoso, interesseiro, turbulento e arrivista.
Para um iorubá ou outro africano tradicional, nada é mais importante do que ter uma prole numerosa, e para garanti-la é preciso ter muitas esposas e uma vida sexual regular e profícua. É preciso gerar muitos filhos, de modo que, nessas culturas antigas, o sexo tem um sentido social que envolve a própria idéia de garantia da sobrevivência coletiva e perpetuação das linhagens, clãs e cidades. Exu é o patrono da cópula, que gera filhos e garante a continuidade do povo e a eternidade do homem. Nenhum homem ou mulher pode se sentir realizado e feliz sem uma numerosa prole, e a atividade sexual é decisiva para isso. É da relação íntima com a reprodução e a sexualidade, tão explicitadas pelos símbolos fálicos que o representam, que decorre a construção mítica do gênio libidinoso, lascivo, carnal e desregrado de Exu-Elegbara.
Isso tudo contribuiu enormemente para modelar sua imagem estereotipada de orixá difícil e perigoso, que os cristãos, erroneamente, reconheceram como demoníaca. Quando a religião dos orixás veio a ser praticada no Brasil do século xix por negros que eram também católicos, todo o sistema cristão de pensar o mundo em termos do bem e do mal deu um novo formato à religião africana, no qual Exu veio a desempenhar outro papel. A visão “cristã” dos orixás confundiu Oxalá com Jesus, Iemanjá com Nossa Senhora, e outros santos católico com os demais orixás. Para completar o panteão afro-católico, sobrou para Exu ser confundido com o Diabo. Foi, portanto, o sincretismo católico que deu a Exu a identidade de um demônio. Mas essa identidade destorcida sempre foi católica, cristã, sincrética. Não tem nada de africana.
Pensam os que se acostumaram a ver os orixás numa perspectiva cristã (imposta pelo catolicismo e hoje reforçada pelo evangelismo) que Exu deve ser homenageado em primeiro lugar para não provocar confusão, para não bagunçar a cerimônia, como se ele fosse um simples e oportunista arruaceiro. É uma visão bem simplista e demasiadamente falsa. Ora, Exu é antes de tudo movimento e nada pode acontecer sem ele, nem mesmo em pensamento, sem movimento. Nada pode, portanto, se dar sem a interferência de Exu. Por isso ele é sempre o primeiro a ser homenageado: é preciso permitir o movimento para que o evento, seja ele qual for, se realize, seja para o bem ou para o mal. Esse movimento não é dotado de moralidade, nem poderia ser, pois se assim fosse o mundo ficaria paralisado. A vida é um pulsar permanente, e em cada passo, em cada avanço ou retrocesso, em cada mudança, enfim, Exu está presente. Tudo começa por ele; por isso ele será sempre o primeiro.


Bibliografia

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo, Companhia das Letras, 2001.

PRANDI, Reginaldo. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo, Companhia das Letras, 2005.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os nagô e a morte. Petrópolis, Vozes, 1976.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. 5ª edição. Salvador, Corrupio, 1997.

________________________________________________________________________
Reginaldo Prandi é professor de Sociologia da Universidade de São Paulo e autor, entre outros livros, de Mitologia dos orixás, Segredos guardados, Os príncipes do destino, Ifá o adivinho, Morte nos búzios.

A GENEROSIDADE VEM DAS ÁGUAS

A GENEROSIDADE VEM DA FORÇA DAS ÁGUAS
"As diferentes tradições do candomblé crêem que o universo tem dois lugares, duas grandes partes. Uma que é o espaço dos viventes, nós seres humanos. E outra que é lugar próprio dos encantados: dos caboclos, dos inquices, dos orixás, dos voduncis e dos ancestrais. A religião permite que haja comunicação entre as partes do universo, cada qual com suas finalidades. Os seres humanos precisam comunicar-se com o mundo dos encantados para viver melhor. É essa comunicação continuada que dá força para a vida em sociedade, para a existência entre os viventes.Nesse sentido viver é procurar estar cada vez melhor, e morrer é integrar-se num sistema de comunicação e apoio à sobrevivência de todos. O povo de candomblé não vive a esperar pela morte e o seu envio a outro mundo melhor. É nesse mundo dos viventes que se procura o melhor, e para isso é essencial fazer algo com a força dos encantados.Assim que em quase todas as associações civis dos Terreiros encontram-se objetivos de fazer algo pelo outro, pela melhoria das condições de vida de todos: especialmente em educação e saúde. Esse fato é quase uma consequência natural da reunião de religiosos que não se conformam à espera da morte, ao contrário, são pessoas cuja fé visa sempre dias melhores para os viventes. É dessa espiritualidade que emergem as ações sociais dos Terreiros."


Os terreiros de candomblé são ambientes de vida comunitária do culto afro-brasileiro de grande expressão. Além das atividades caracteristicamente religiosas, desempenham aquelas de cunho sócio-econômico e cultural de grande valor, nas comunidades em que se encontram. Constituem-se como verdadeiros pólos de prestação de serviços à circunvizinhança, o que os identifica como referência local.
Movidos por razões historicamente explicadas, como, perseguição e repressão policial, busca de ambientes naturais para desenvolvimento do culto, além do baixo poder aquisitivo para compra de terrenos nos grandes centros urbanos, os terreiros de candomblé se apresentam com maiores densidades nas áreas periféricas da cidade.
A periferia pode estar localizada próximo aos grandes centros urbanos. Porém, se apresenta com os menores índices de habitabilidade Sua população é tipicamente constituída de moradores sem condição de vida digna, e as residências são diferenciadas das demais pelas pequenas dimensões e superlotação. É, portanto, detentora das maiores taxas de adensamento populacional da cidade.
Essas áreas, atualmente se apresentam, em sua quase totalidade, habitadas por população de baixa renda. Sua população é submetida a um processo de exclusão dos direitos à cidadania, como a falta de saneamento básico, atendimento público médico-hospitalar. É assinalada pela alta incidência de desemprego e baixo acesso à educação formal.
Dentro dessas comunidades os grupos de culto e as associações civis (instituições juridicamente constituídas)que os representam desempenham importante papel nas circunvizinhanças a que pertencem. Buscam a melhoria da qualidade de vida a partir da oferta de assistência social, atividades culturais e defesa dos direitos comunitários. Esses são objetivos constantes da maioria dos seus estatutos.
Nesse sentido, vários terreiros podem ser referenciados, dentro das mais diversas formas de prestação de serviços comunitários. Podemos citar:
O Ilê Obá do Cobre - com o desenvolvimento de atividades voltadas à educação formal e informal, como a alfabetização de adultos e crianças e oficinas (workshops) recreativas. Tais oficinas (workshops) buscam, prioritariamente, oferecer atividades aos jovens e crianças, como alternativa à vida nas ruas, que os levariam, conseqüentemente à marginalização.
O Ilê Axé Opô Afonjá - com atividades similares às já citadas, inclusive apoiados pela Unicef. Possui, em suas dependências, uma escola de educação formalmente constituída, conveniada com a rede municipal de ensino.
O Terreiro do Vodunzô - preocupa-se, prioritariamente com as crianças, oferecendo-lhes oficinas (workshops) de capoeira e promovendo encontros para estimular participação e envolvimento.
Muitos outros, além desse tipo de promoção, buscam angariar alimentos para fornecer cestas básicas às famílias menos favorecidas.
O envolvimento dos líderes de terreiros de candomblé com a comunidade onde se encontra instalado é expressivo , no que diz respeito à prestação de serviços na área sócio-cultural. As referidas casas, normalmente, localizam-se em regiões de baixa renda, onde a comunidade não tem fácil acesso à educação formal, atividades culturais, assistência médico-odontológica, e nem mesmo a uma alimentação básica digna.
Dessa forma, as práticas desenvolvidas pelos terreiros de candomblé se constituem em importantes instrumentos promotores de educação, inserção no mercado de trabalho, ainda que de forma tímida, prevenção e atenuação de doenças, bem como de luta para a superação da auto-estima de uma população colocada à margem da sociedade.




A COMUNIDADE: O LOCAL E POPULAÇÃO

A Auto-avaliação sobre a missão da Casa
A Estes projetos se apresentam como meta entre as casas de candomblé. Entende-se que eles contribuem para uma maior integração com a comunidade, fortalecimento do individuo enquanto cidadão, principalmente, em termos educacionais e profissionais, a partir da conscientização dos direitos e deveres do cidadão diante da sociedade.
Um indicativo da importância atribuída a tais projetos é encontrado no próprio estatuto da associação civil que representa o terreiro, quando da descrição de suas finalidades: tem por finalidade preservar e promover atividades culturais e Afro-brasileiras... alcançando a educação, saúde, assistência social .

.